sábado, 28 de março de 2015

carrego-te karma na pele curada no corpo meu. decorei pedaços, pelos e traços que tolo passado esqueceu de esquecer. rondando vazia em sombra maldita de quarto guardando cheiro teu. promessas cuspidas, preces que ditas rogam aflitas sua morte em mim. tirar das entranhas presença que marca o quanto sou fraca no corte do forte de seu ser no meu. cansada da luta, sigo vivendo teu pensamento qual companhia. assim me preencho do pouco que tenho...minha fantasia

Flavia D'Angelo 
Foto: Marta Monaco

livre...extasiada na minha soltura corpo expurga prisão que minh'alma colada na sua provou. liberto peso e confesso erros que em desespero bebi no desejo de amar. leve ergo meu ego despindo a pele suja de ti. vôo ensaio seca do fardo que vento soprado embala meu renascer. e toda entregue deixo que leve na busca pedida...meu tudo que fiz merecer

Flavia D'Angelo 
Foto: Lena Maia


ritmo levado nos pés canta cavaquinho marcado no surdo. saio do corpo e embalo na dança que expurga nos poros gotas molhadas de dúvidas. deixando calor que emana da alegria sentida em balanço sambado, entrego completa coreografia parida em êxtase. energia renovada em cada passada levada no chão deixando peso trazido. me realizo. solta em louca harmonia, desgasto casca pesando caminho. escuto absorvendo risos que momentos me trazem. e corpo molhado enxagua meu fundo...dentro meu mundo dança mudança precisa..me faço alegria em compassos...sigo bailando meu próprio passo

Flavia D'Angelo

sábado, 21 de março de 2015


palavras que nunca ungidas gritadas em bocas silenciosas.frias... fantasmas incorporados tragavam almas pedintes de exorcismo. sacrifício fugido de memórias em corpos presentes...quentes. o belo enchido de feio deixou semente. largos passos desfilamos travados no orgulho de nós mesmos. vaidade. se fosse verdade...covardes nos deixamos

Flavia D'Angelo


quarta-feira, 18 de março de 2015


quero ficar no teu corpo...

feito covardia
me fazendo sina
de pele sentida na tua
perfume no tempo perdura
não sabes livrar

feito rebeldia
me fazendo ouvida
nas frases que bocas outras
te faço escutar

feito sinfonia
me fazendo viva
de ritmo em corpo que fode
apenas te mostre vontade do que te gozei

feito rotina
me fazendo teus dias
presença ainda sofrida
vida que fomos vivida...
e não esqueceu

Flavia D'Angelo

olhos que faço quadrados
limito espaço
esquadros de uma janela
dentro meu mundo me cega
revela
visão deturpada das ruas passadas por ela

por frestas espio
cinismo
vestindo turbantes
disfarçam mentes pedantes
instantes
que me refugiam

cortinas vedando verdade
realidade
te nego
me evito

Flavia D'Angelo

eis que me chega o tão esperado nada! te tomo em meus braços, alego vital dependência de sua presença nos dias e noites que me são açoites, sem vida. a ti me entrego, te bebo saciando fome de alma tranquila. o peito invade tirando alarde das horas infindas, lotando espaço que jaz em cansaço de paz que preciso. leve caminho faço destino em tua estrada...te sigo completa, vasta vestida de todo o meu nada

Flavia D'Angelo 
Foto: Lena Maia
o novo em todo me encanta. mistérios contidos que calma aprendida dita o tempo de se revelar. cheiro sentido, toques pedidos, cada sorriso que passo a reconhecer. frio que queima na pele química perfeita sentida. as diferenças ditam completa harmonia quebrando rotina...deixamos-nos ser. aceita em mim os defeitos, perdoa meus erros, e apenas prometo amor verdadeiro fazendo-te meu homem inteiro...sendo tão sua que teu eu possua dentro de mim

Flavia D'Angelo

quinta-feira, 12 de março de 2015

e me deixo em cansaço, rogar em teus braços onde renasço mulher. ocupas espaço que antes passado teimava viver. esqueço de tudo, em peito que durmo segura que ainda me posso ceder...

Flavia D'Angelo 
Foto: Paradoxos

cansa demais. hipocrisia curtida em faceta avessa da real medida no sentir. cansa dar-se sem pedir...e o nada reflete que vazio continua por si. cansa...mas não desisto de mim

Flavia D'Angelo



que falta...

que falta o peso nas costas
que forte provoca nas coxas expostas
quando me encosta
a prova mais viril de teu ser
que falta sentir-te meu dentro
que pele responde comendo
seu tudo que em poros me entram
absorvo, tremo
exorciso prazer que me tento
gozando seu fim

Flavia D'Angelo

meu bluesman


que corpo instrumento
me tocas atento ligados tão lentos
fazendo-me acordes
que dedos moviam suave controle
na força batida
em cordas de curvas
sabendo-me sua
encanta estrutura
dedilha tua música em meu movimento
pull-offs e riff
marcando compasso
que 4/4
de quatro possua
na tonalidade nua e crua
minhas notas cifradas
pelas mãos suas...

Flavia D'Angelo

me enoja no homem fraqueza. aquele que veste orgulho na pele que não lhe permeia. fátuo que sente, ser que vivente em cheio vazio, pretenso escondido no íntimo teme destino. infeliz...falta coragem em render-se a verve de vida. suprimindo impulsos reprime a arte da entrega sem nada pensar, covarde se fecha e perde a festa...não sabe amar

Flavia D'Angelo 
Foto: Lena Maia

pele trocada. desidrato resquícios que líquidos língua molhou debridando tão fundo pedaços só meus. carne que dilacerada em passado curada de tempo, dialisada por dentro o sujo impuro que me permiti...nas veias circulam sangue com sede do novo. limpa do que corroia, entrego o corpo em saliva que bebo contida de vida em você...afogo-me toda em gozo

Flavia D'Angelo

do tanto levar, em nada me trago
do tanto me dar, me foge o ganho
do tanto sugar, me faço vazia
do tanto pesar, o leve me nego
do tanto que tanto procuro
escuro me finda a busca
e tanto se fez, como tanto me faz...

Flavia D'Angelo


perdão só me cabe a Deus implorar toda noite de meus dias. desculpas eu peço se me reconheço delas precisar, talvez no egoísmo de peso na alma livrar. esqueço motivos avessos, erros prescritos de respostas em apostas perdidas do risco ousado que me fiz jogar...desafio. relevados no tempo revelado de joio que dentro do trigo se fez guardar. descarto passado que faço enterrado. perdidos ficaram pedidos frustrados lá fora. insiro momento e vivo somente na mente o agora. desculpe por isso não me ser preciso ...

Flavia D'Angelo

fases...metades me fazem única imagem vestida de extremos que me possuem. de louca euforia me vejo no agora que corda sufoca em melancolia. paredes defendem na cama que rendo cansaço de força. me busco, procuro, me escondo do fundo que traça mergulho vazio. na dualidade minha personagem refuga...luta certeira, mais que costumeira, travo. não sei como, onde, o salto ressurge tirando desgosto. largo refúgio jogando meu tudo na realidade. sem ter a escolha de entrega perdida, me forço de vida na luz que acesa mostra caminho...me brilha

Flavia D'Angelo

brinde partido


no mosto fresco tão doce
fermentei- te no ventre
fruta inteira
guardei-te em carvalho raro de mim
temperatura perfeita
esperei bebida brindar-te no hoje
qual ninfas na cura do deus dionísio
lavrando carinho de amor em pedaços
mas celebras momento
meu e teu
que taça dilui em veneno
o gosto tornado ameno
passado de vida
desprezo nunca escondido
daquele que não te viveu
ingrato sabor se transforma
líquido degusto agora
garrafa que jogo pra fora...nada valia

Flavia D'Angelo


na falta do gozo
mergulho em doses
escritas de whisky
abrando fome do corpo
em folhas que como
de poesia

Flavia D'Angelo

domingo, 8 de março de 2015



no corpo em alma
me fiz tua puta
entrega perfeita
comia inteira
mulher que foi sua
cedia o tudo
fazia de ti
inteiro meu mundo
e boba negava
nas mãos que tocavam
a pele pedinte
sujeira trazida
de camas vazias
carnes vendidas
a preço tão baixo
te enchiam o ego
vazio de estima


Flavia D'Angelo

megulho em vícios
que corpo saciam
em alma ilesa
me nego suplício
preencho vazio
de mãos que jaziam
inteiras
incluindo mundo
o tudo excluo
rasteira
em restos remonto
na cama que deito
mulher que verdade
me deixa...

Flavia D'Angelo
te viro as costas e nego sentir. embarca teu braço que minha viagem te quero seguir. não mostre desprezo. precisas de mim ...em ti

Flavia D'Angelo 
Foto: Lena Maia

assim te conheci...
não quando 
deixei vir
mas quando
deixei partir
aí sim
te conheci...

Flavia D'Angelo

cansada
de portas fechadas abrindo caminho
mostrando saída
que tarda
quero entrada
da cara lavada de todo cinismo
limpo
aberta recebo
e preencho meu ninho
não saia

Flavia D'Angelo

aos poucos, por pouco, de novo...expelindo pedaços no caminho desfeito, como migalhas a indicar para onde não voltar. respiro a calma agora tragada por não mais alí estar. saber-me aqui, em mim, meu inteiro eu, com tudo que me pertence saturado em avarias...sinistros que deixei meu tempo causar. falhas reparo sem pressa, troco as peças quebradas que peito me causam pesar. torno-me nova que leve prometo futuro. sou meu destino, refeita no íntimo escolho estrada segura...direção que muda, em retas e curvas... almejo chegada ... quero ficar

Flavia D'Angelo

me dominava...trato em que me brincava fazendo mulher. braços que me prendiam em força mostrava homem que é. sinto doer minha pele que não mais te encosta. garganta guarda gemido do gozo que não mais provoca, e força abafar sentidos que corpo em gritos convoca...viva me sinto morta

Flavia D'Angelo 
Foto: Lena Maia

https://soundcloud.com/vulcana-v/a-vida-e-um-poema

Música de Jefferson Volve

me samba em bamba
noite encanta
sorriso que canta
e soa qual mantra
no corpo tão leve
que boba entregue
te faz em prece
fileiras deitadas
mantendo acordada
solta no tempo
curtido em minutos
preenche em tudo
fazendo instante
todo meu mundo
e sol anuncia
que novo dia
acordo colhida
em braços que breves
sentiram em ti
tamanha alegria
falta me faz...e o samba saiu
procurando você!

Flavia D'Angelo


"...Coisa que gosto é poder partir sem ter planos. Melhor ainda é poder voltar quando quero..." essa música hoje, de Milton Nascimento e Fernando Brant, me veio na cabeça do nada. me peguei rindo pois a conheci através de uma cartinha trazida pelo meu primeiro namorado, aos 10 anos. lembrei de como ficávamos deitados em seu quarto curtindo Elvis, nossa paixão. perdi contato e infelizmente, ele hoje tá no plano espiritual, mas que carinho me encheu essa recordação. com isso vieram pedaços marcantes, e destes me fixei nos bons. descarto aqueles que não me fazem rir, ou que não me façam sentir o calor humano que me impede de racionalizar qualquer erro. e sem planos, cada qual em seu momento, cada um por si me deixou marcas. e quero guardá-las, voltando no tempo quando quiser e usá-las como aconchego de uma força motriz de mim mesma pra partir, sem saber quando, onde e como. que venha sempre preenchendo espaços que ainda tenho de sobra. e transborda assim uma vontade não sei de que nem de quem...mas sei que vem... todo meu

Flavia D'Angelo
meu choro tem hora certa. depois do sol me comer o dia, rir com amigos, matar compromissos e outras cositas da vida, já sei: tomo meu banho e quando no quarto sozinha de tudo ele vem. rasga no peito, e nem me percebo enquanto me deito, o pranto rolar. incham os olhos e só me dou conta no meu acordar. por qual motivo? por perda de quem não convêm lamentar? do que me faltou fazer e talvez defesa de não me doar? da solidão que até então me fazia tão bem? da guarda, que antes tão alta, protegia meu dentro, me abandonar? da força que antes julgava de mim fazer parte, e não enxergava verdade de me ser tão fraca? só sei que como remédio com dose marcada, na hora exata que cabeça cansa, e razão descansa fazendo da noite o meu despertar, eu choro...como criança, choro 

Flavia D'Angelo

Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina.
Manoel de Barros 



degusto qual ácido letras sublinguais, absorvendo êxtase digerido no mundo que me faz parte...gozo minha arte
Flavia D'Angelo













43 primaveras
árvore me fiz
daquelas que forte
sem nenhuma pressa
deixou tempo que sábio
regou com cuidado
fincando em solo
raiz que contida
crescia em vida a força precisa
deixei que bebessem
aqueles que sede em todo tamanho
seiva que tronco guardava no colo doado
meus galhos colhiam em ninhos
amor que pari no caminho
frutos que tenho guardados
flores que néctar brindavam
saciando fome matada
de doce que ofertava
a quem me vivia
ventos sopravam mudanças
despia de folhas minhas partes
nem fortes tempestades
mudavam lugar
por fora frágil florida
engano vida sofrida
que cava mais cada dia
essência guardada que fundo
raiz marca meu mundo
floreio por sobre os muros
semeio a todo minuto
palavras em versos curtidos
nada me prende o rumo
balanço na paz que procuro
plantada meu canto possuo
me fiz baobá

Flavia D'Angelo
já sabia o grande Baudelaire que homem que só bebe água, tem um segredo a esconder. Buk dizia que beber arranca você pra fora. então, prefiro os bêbados! só assim conheço a essência que me interessa. quero a perda de controle, as palavras cortantes, as agressões marcantes, o verdadeiro eu que lhes pertence. raiva mergulhada que álcool desmascara palavras meladas de sobriedade. quero verdade de whisky, embriagando realidade que cordeiro guardava em lobo. mágoas sem nexo como se perdão viesse como ressaca. e quando amanhece, me satisfaço em revelações. e parto...brindando comigo!

Flavia D'Angelo

passado me odeia
sinto o asco
esconde em beiras
respira sarjeta
em restos
de minha parte
louca vontade 
tranquilidade 
mostra os dentes
ciente
de quem errou...

Flavia D'Angelo
boca me beija, corpo me deita, vida deixei repartir, hoje, aqui! não queiras entrar em parte que me cabe, defeitos, vícios, erros que base me fiz. não tome meu rumo, nem faça de prumo conselhos que não pedi. me prendas te solto. 
me regras, ignoro...sou parte apenas de mim

Flavia D'Angelo


MEUS CARNAV(AIS)

me fiz fantasia
bebi alegria
que tua avenida me fez desfilar
segui o teu bloco dobrando esquinas
tola colombina que sem purpurina
não brilhou no meio de todo confete
nem dançou sua banda que tanto me mexe
e solta perdida
entendo que em cinzas me fez como quarta
lavando a cara e alma que errou
saindo em busca do seu pi(erro)t

Flavia D'Angelo

130º Desafio Poético com imagens TaniaContreiras Arteterapeuta

em fases fizeste-me lua que nua vesti. nova de esperança me fez criança que brinca de rir. minguante no peito metade perdi em verdades que nunca vi. tão cheia que gota não coube jurei liberdade do que te vivi. crescente me fiz em coragem, expurguei passagem...inteira em mim

Flavia D'Angelo
Arte de Jerry Uelsmann




o que te faço? me prendes quando sempre cede o ombro em que deito cansada de tanto descaso. quando me confessas que em camas diversas procuraste um rosto e todo o corpo qual meu te falava em perfeita harmonia...e não achaste. quando me relatas que mente maltrata guardando meu eu, que raros dias não traz em tua vida o tudo que junto viveu enquanto a ti pertenci. o que te faço quando em mil pedaços buscava fazer-me inteira mesmo em ausência sentida? o que te faço quando me abre seu mundo e nele faço mergulho que paz enche meu tudo sem medo de nada? o que te faço se em ti me acho e me faço perfeita? o que te faço em mim? 

Flavia D'Angelo
ah o passado...me pego sem nexo lembrando imagens. o tudo que vivi me faz seguir caminho. tranquila em minhas memórias, perdoo os tantos destinos que não me sabia traçado. quanto fiz feliz e não fui. quanto senti sem ser sentida. quanto me traí sem fazê-lo. sem dolo em erros me vi, atingi meu preço e paguei, com juros bem altos cobrados. sou feita de instantes, que sejam constantes por mais que me marquem feridas. e quero cicatrizar uma por uma, com suturas limpas tecendo em mim eterno diagnóstico que não conheço... descobrir um novo sintoma ainda não curtido. adoro o novo bem vindo. sofrendo ou não, um corpo marcado em cortes que amargos me fez forte. e fui feliz...simplesmente feliz

Flavia D'Angelo

sábado, 7 de março de 2015


visto-me porto de atraque. mas poucos me trazem sincera ancoragem que ondas profundas faço mergulho revelando fundo meu tudo que finges gostar. quimeras selam destino traçando caminhos que não seguiremos de perto. mas esse tão puro sentir que tempo te dei, levo comigo em canto escondido só meu. e guardo apreço, carinho e respeito pelo que me viveu. e no seu barco de velas tão frágil se quebra, mesquinho se nega, por fim entrega que âncora em cais quisera fincar. e vejo em sua imagem retrato do medo, vestindo anseio de me encontrar trazendo a tona águas que rasas te fiz afogar...

Flavia D'Angelo
assim vejo que a mim pertences. prende em pernas o que teu me resta cansado. forma em linhas limites qual bicho que faz território. tua fêmea domada , crava-lhe garras urrando suplício. num jogo selvagem chego ao ápice de meu sacrifício...vício 

Flavia D'Angelo 
Foto : Lena Maia



refaço pedaços que em tua viagem me vi naufragar. guardei como resto tesouros de mistérios sem pesar. horas exaustas, em portos vazios me fiz atracar. mas cria em deuses, rogando mil vezes, ulisses vestiu-me em força que lua tomando-me roupa que pra ti vestia, cobriu-me o corpo de manto que santo em coragem jorge trazia. sorriu ao ver-me tão pura que sua brancura me refletia. ondas em curto balanço na terra me jogam em regogizo. o barco que me navegava, sem redes e nem mais amarras fincava na praia então esquecido. e piso tão fortes pegadas, deixando as marcas pro resto de tudo. a imensidão que enfrento vem cheia por dentro. futuro agarro e nele encaro o prêmio que trago...agora flutuo meu mundo

Flavia D'Angelo
sem preço 
neguei apreço 
liquidando o peito 
aberto e barato
valor tão baixo
vendi sentimento 
que custei juntar
respeito
sem lucro
castigo
mendigo 
pedindo a culpa 
de novo 
comprar ...

Flavia D'Angelo

enquanto a música dita seu ritmo, o sax sentido grita tão forte o leve sentir de você. despidos de tudo, acordes profundos numa melodia confundem o nosso dançar. em maestria conduz a magia que não desafina em tocar. e como platéia me entrego, incrédula do momento presente, saboreio em notas tua pele que cola meu corpo carente. conjunto perfeito que sabe desfecho pedido. me faz partitura na cama que sua inteira possue. em mulher me canta, encanta, espanta... toda solidão

Flavia D'Angelo