quinta-feira, 12 de março de 2015

brinde partido


no mosto fresco tão doce
fermentei- te no ventre
fruta inteira
guardei-te em carvalho raro de mim
temperatura perfeita
esperei bebida brindar-te no hoje
qual ninfas na cura do deus dionísio
lavrando carinho de amor em pedaços
mas celebras momento
meu e teu
que taça dilui em veneno
o gosto tornado ameno
passado de vida
desprezo nunca escondido
daquele que não te viveu
ingrato sabor se transforma
líquido degusto agora
garrafa que jogo pra fora...nada valia

Flavia D'Angelo

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