quinta-feira, 9 de abril de 2015


nada resta
quase frenética me fiz despir
pele tirada em peças usadas
refiz
não mais me escondo de mim
vergonha arrancada que me permiti
corpo traído em al(maltrada)
tão baixa mulher me senti
nulo respeito presença me fez engolir
sofri
ao lado sentava das putas, bocetas e cus te serviam
pra homem sentir
rasgada joguei todo nojo
e nua de pele no osso
parti
leve renasce a pele
que não mais entregue se fez
hoje os toques sentidos
me fazem mulher que mereço
na pele vivo
prazer puro de homem
que troca verdade me mostra
todo pertencer

Flavia D'Angelo
Foto: Francesca Woodman

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