sábado, 28 de dezembro de 2013
SIGO
em paus e pedras
insisto caminho
fim me nego
provoco destino
travesso que louca
momentos me visto
caminho a esmo
desprezo sentido
chego vazia
plena de nada
assim persigo
tino perdido
na minha estrada...
Flavia D'Angelo
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
NOITE
parto sem nada
colo que falha
peito ungido
viro manchete
dou-me,
não leve
sentir contido
mudo de nexo
calo no sexo
firo ferindo
noite aberta
faz-me poeta
abro abismo...
Flavia D'Angelo
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
MALBEC
Malbec e kovak marcam a noite numa república nunca vivida. verdade de sexo em clímax de profundo sentido. prazer reduzido a gozo sem limite. me sinto mulher em minha completa plenitude. me transformo naquilo que idealizo nas horas de prazeres sortidas sem prumo. agradeço por me fazer completa, mulher que me sinto por poucos realizada.
Flavia D'Angelo
Flavia D'Angelo
domingo, 22 de dezembro de 2013
NÃO DIGA QUE ME AMA!!!
não fale que me ama! não suporto mais ouvir tal expressão. tão contraditória em demonstrações de sentimentos que não significaram mais que palavras soltas num passado marcado por relações vãs. demonstre apenas, simples assim. fazer surpresa ao deixar uma pinha no meu portão sabendo ser esta a minha fruta preferida, um filtro dos sonhos presenteado com o carinho repleto de simbologia para que meus pesadelos não perturbem meu adormecer. uma espera de longo tempo por uma oportunidade de lutar por um sentimento puro e sincero, na esperança de um reencontro, nunca duvidado por você. satisfazendo minhas necessidades ao escolher estar ao meu lado pelo simples fato de perceber em minha voz um tom triste ao telefone, abdicando de seus compromissos. apoio incondicional enfrentando ao meu lado problemas pessoais que não conseguiria atravessar sem sua força e prudência. palavras certas ditas com o dom de amenizar minha dor, fazendo que minha visão de vida seja mais segura e confiante nas lutas diárias. valorizar-me como mulher, enaltecendo minhas qualidades e aceitando minhas diferenças e defeitos, sabendo que posso oferecer a você o melhor de mim, apesar de minhas imperfeições, maduramente aceitas e compreendidas por você. uma escolha com mudanças que te trazem sofrimento, superada para a realização de um objetivo simples: ficar ao meu lado. amor não se demonstra com frases, ele está presente em atos no dia a dia, num simples abraço que acalma carência, no aconchego descansado sobre seu peito onde suponho ser a mulher mais protegida e pronta para enfrentar meus monstros. isso é amar, a dedicação, cumplicidade e a felicidade compartilhada ao me ver crescer como mulher a cada dia vivido em sua companhia. portanto, não fale que me ama, continue apenas demonstrando aquilo que me encantou, despertando vontade louca de me entregar nesta incógnita de nós dois. o amor se revelando por detalhes ínfimos que me fazem te querer junto a mim. e como digo sempre, estou aberta e a espera desse sentimento. não posso mais viver sem sua realidade, que me torna mais leve. você me dá a paz que preciso nessa loucura em que vivemos. não faço cobranças, apenas o direito de ser respeitada e valorizada. então só fique ao meu lado se for agregar, e me faça não a mulher mais importante do mundo, mas a mais amada. esse é o amor que acredito, ao que me entrego.e ele me basta!
Flavia D'Angelo
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
NUNCA
não, nunca me arrependo. defeito ou qualidade, não penso. em frases ou atos explodo o que há de mais sincero em mim. machuco me machucando, não saio impune. momentos gritam sem muros sentimentos amordaçados que imploram parida. não me atingem julgamentos, pois tenho ao meu redor surtados em seus devaneios hipócritas de santidade. loucura bebida de delírios mostro minha cara. não sou santa nem pretendo sê-la. não vivo de aparências, não dependo delas para me reafirmar como pessoa, e fica ao meu lado quem quer, e quem quero. a mão que levantou hoje é amputada, a palavra que confortou é calada como peste que infecta. mas não me arrependo, nunca. aprendo sempre com aqueles que atravessam minha vida e me mostram essa realidade vil. e parafraseando meu velho ídolo Bukowski: "Nunca espere demais, da sorte ou dos outros, no fim não há quem não decepcione você". mas arrependimentos, só de quando não fui eu mesma, e foram muitos esses...muitos!
Flavia D'Angelo
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
UM BRINDE...
faltando pouco para o ano que se inicia, hoje faço um brinde a mim mesma por tudo que deixei numa trajetória vivida de maneira tão intensa, com derrotas e vitórias, que muito marcaram em minhas lembranças. um brinde a minha capacidade de doação mesmo sem reconhecimento, pois não era isso que procurava. um brinde também as horas de dedicação aos que com um sorriso me fizeram ver que a vida vale a pena. um brinde as ofensas que causei e hoje consegui me perdoar e crescer com elas, pois não quero aumentar meu carma, rs. brindo as críticas que recebi daqueles que suas vidas não figuram como exemplo para ninguém, mas fizeram com que eu tivesse por eles compaixão. brindo aos surtos não contidos, amores vividos, sonhos destruídos, pois sem isso não cresceria num amadurecer como mulher. um brinde aos amigos que precisei e não estavam, mas também aos que sempre estiveram ao meu lado. brindo a minha descoberta com as palavras expurgando fantasmas e anjos do meu íntimo. brindo aos prazeres vividos, trocas, toques, orgasmos mil que meu corpo não esquece. e com tudo isso e muito mais, brindo a minha vontade de recomeçar sempre, de nunca esquecer de quem sou, do que mereço, do que preciso. um brinde a mim, por tudo que fiz e farei, sempre melhor...sempre!
Flavia D'Angelo
NOITE
furto do nada
força que mata
conflito sem fim
pele desalma
crua não falha
verdade de mim
busco refúgio
grito agudo
prendo silêncio
nua de fuga
mente assusta
louca me rendo
visto a praga
fogo extravasa
peito afogo
na cama suada
noite molhada
mulher me acordo...
Flavia D'Angelo
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
CICLOS...
e a vida me prega em peças num ritmo alucinante sem freios. ciclos fechados que ficam pra trás, e ciclos que voltam cobrando um fim para surgir recomeços. decisões invadem a mente qual bolhas de sabão prontas a explodir. borbulha no peito procura do íntimo sentir. querendo não quero estar nessa trama, que me confunde e me explora da maneira mais verossímil e covarde. fraca me ponho em uma lápide fria de clausura. não é justo. quero o fácil nas dificuldades. quero o puro das impurezas. não peço muito, só quero respostas prontas que não existem. pensar me dói e me revela a fraqueza de ser mulher que sente. cansada me exponho ridiculamente ao conflito gerado por minha entrega. e na espera me deixo levar pelo caminho que não escolherei. apenas faço da vida o que sinto, e esse sentir me fará mergulhar em novo abismo sem defesas. mas não sei viver se não for de perigos. e deles me fortaleço num ciclo vicioso de amar demais, sempre...
Flavia D'Angelo
domingo, 15 de dezembro de 2013
COMPLETUDE
vivi dois dias expurgando o monstro da solidão. entre paredes revelaram-se loucamente sentimentos de amizade. preciso disso. a liberdade da maturidade, o aconchego de palavras amigas, gestos simples que traduzem a cumplicidade em união. pessoas que invocam vontade de ser feliz. risos e delírios marcaram momentos especiais banhados de alegria ao som do mais puro rock. disso vale a vida, simples presenças que tornam a vida um caminhar leve e esperançoso. quero mais, muito mais, e que horas assim me roubem com prazer a caminhada do dia-a-dia. amigos são especiais, sempre.e sem eles, não sou nada! Não existo!
Flavia D'Angelo
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
VORAGEM
não tapa
minha cara
que boca
não cala
respiro
profundo
me seca
estressa
com língua
na meta
no poço
te afundo
que forte
me acho
não meço
só faço
respiro meu mundo
não temas
se fraco
não tentes
cansado
entrar
no meu fundo.
Flavia D'Angelo
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
SINTO MUITO...SINTO
só sei amar assim...me jogo, entorto, me torno o que não quero ser. me rasgo, me acho, quebro e colo tudo de novo. gozo, grito, choro, morro quantas vezes for preciso. só sei amar assim...não me importo com troca. me basto por dois, amo na loucura desvairada de tudo. não sei ser pouco, ou menos, prefiro ser nada. só sei amar assim...não me cobre menos, mulher que me sinto, não posso ser o que não sinto, e sinto muito!!!
Flavia D'Angelo
Flavia D'Angelo
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
ABRIGO
deitam ao leito
que louco desejo
saciou a fome
amigo, meu homem
te faço no peito
abrigo
do amor que ensejo
teu corpo me chama
em mãos que afagam
a pele de cheiro
destino desfaz
me vira do avesso
não posso, não devo
mas desobedeço,
quero mais
meu medo aquieta
em ti me encaixo em nós
que faz teu brinquedo
meu corpo tranquilo
e acaba comigo
minha paz, meu espelho
Flavia D'Angelo
domingo, 8 de dezembro de 2013
DESAPEGANDO
sim, desapegar. difícil tarefa que causa uma angustiazinha que oh! mas com o passar do tempo, acalma toda essa confusão dentro da gente. desabituar horários, dias da semana, datas, pequenos gestos e pequenas expressões. esse descamisar de emoções sentidas, desnudar momentos vividos que aos poucos se transformam em uma saudade gostosa pra se guardar. de que vale a pena viver sem esses rompantes? e novos hábitos chegam, apoderam-se dos já adormecidos, trazendo com eles uma nova etapa, onde permaneço nessa loucura de viver. e o passado vai deixando no ar a certeza de se poder ser feliz, de se ter a capacidade de readaptação, e enfim mergulhar numa aventura cega com misto de sentimentos fresquinhos. mas a tranquilidade foi deixada por um passado que ensinou que tudo tem sua hora e seu lugar, e levemente, deixo fluir...expectativas demais me frustram, e como dizem por ai: muita calma nessa hora...muita!
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
QUE ELE ME COMA...
como disse João Cabral de Melo Neto em seu poema que amo, os tres mal-amados: "o amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato...".
é assim mesmo, quando chega nos come por inteiro, tudo, sem nenhuma piedade nem controle. mas se não satisfeito, não nos digere e nos regurgita. e nada fazemos além de esperar pela próxima bocada. necessito sempre estar literalmente comida por ele. mas não por aquele amor "self service", que escolhe apenas o que gosta e conhece. quero aquele "à la carte", que experimenta o novo, saboreia diferenças. e mesmo que algum tempero não lhe agrade, que azede ou arda por instantes, ele sabe que o prato no seu todo é delicioso, pois nada nem ninguém é perfeito. e estar nesse cardápio faz parte da minha vida, a espera desse amor que me coma por inteiro e se sinta satisfeito. e eu com certeza, adorando ser comida...
Flavia D'Angelo
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
TEMPO
anoitece a certeza de mais um dia vencido na sede de esquecer. seu cheiro lavado no banho e na alma se esvai no ralo das lembranças proibidas.
mais certa e mais forte me pego curtindo coragem de um novo sentir. presente que o tempo e a distância proporcionam ao meu peito, tão calejado e ainda não acostumado. e dia após dia ficará mais densa a fome de viver esse novo. sem o egoísta medo de cair.
com o passado trancado em um armário de ilusão e saudade, onde a chave será jogada fora, por pura precaução a minha fraqueza, me abro em face ao novo dia que nasce, onde mais um passo é dado rumo ao que necessito.
simplesmente isso. quero o tudo que pouco me pertence. e dele me fartarei como se fosse a primeira vez, mais uma vez...
Flavia D'Angelo
RECOMEÇO
não gosto dessa época do ano, confesso, por mais cristã que seja. sinto um fim chegando e com ele tantas vontades esquecidas, planos não realizados, laços quebrados...vejo meus fracassos. não gosto de finais, principalmente quando são tristes.
me cobro ao extremo as promessas feitas e não cumpridas e as mudanças traçadas que não chegaram a nada. mas papai do céu é tão bom que num piscar de olhos me vejo, de um dia pro outro, com a chegada de um novo ano, cometendo os mesmos erros esperançosos, um turbilhão de promessas, cobranças, desejos e todas as baboseiras novamente. e com a ajuda de uma péssima memória, me sinto renovada por dentro.
e assim continuo a tentar, sempre, um dia conseguir satisfazer, dentro do que imagino ser meu, do que mereço e busco, minhas demandas internas.
isso move minha vida, sempre insatisfeita mas não mal agradecida. coisas muito boas ficaram no passado, mas com certeza, espero melhores num futuro próximo.
e ano após ano me limito a ansiar, contar com as surpresas que o novo trará. e ele sempre me surpreende.
Flavia D'Angelo
Flavia D'Angelo
domingo, 1 de dezembro de 2013
OUTRA VEZ...
"in vino veritas"...no whisky também! bastando uns goles para que toda promessa feita a mim mesma se quebre. perda do senso, auto-julgamento, amor próprio e tudo que me traz dor vem a tona numa mensagem na madrugada. de quem escondo a verdade? até quando ficará esse sentir que não pode ser sentido? e começo outra vez a juntar os pedaços largados naquela cama, deitando nela a ilusão de uma felicidade de horas. Amanhã recomeço! sim, outra vez. e querendo ter a certeza de que, só dessa vez, recomeço.
Flávia D'Angelo
sábado, 30 de novembro de 2013
beforethedawn.blogspot |
calo os monstros que assolaram entranhas num tempo que urgia de perigo o corpo. aborto contente pedaços doentes que não me cabem mais. renasço das trevas do espelho que chuta na face verdade oculta. mudo na força da pedra que cai de realidade vazia. fraca me julgo por me permitir assim. junto pedaços e me faço de novo a mulher que julgo ser...e serei.
Flavia D'Angelo
GOZO
tragada de beijo
sacio a fome
em gozo profundo
marcada de pelo
pedaços em carne
te rogo meu mundo
Flavia D'Angelo
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
PELE
desfaço pedaços
escuro me traça
desejo sacio
linhas em curvas
de dedos em nuca
mulher que me visto
no sexo fugaz
mergulho na noite
orgulho banido
desprezo sentir
ateio o vício
me despe receio
entrega contida
de santa bandida
chegando sem medo
resposta no corpo
na entrega insisto
pudor não anseio...
Flávia D'Angelo
FOZ
a língua mordida na orelha
esfria com vento tardiofere o peito qual faca
na tarde que desce do rio
ferida que sangra na cheia
maré de garça comprida
bica carniça e avisto
o cheiro de ainda estar viva
Flavia D'Angelo
Raro momento de paz, instante em que absorvo uma áurea de esperança há tempo esquecida. Nova sou para isso e velha demais para não sabê-lo. Dor pequena que ocupa um espaço por demais exausto, sem a importância devida para tanto sentir. Olho a minha volta e banalizo esse sentimento mesquinho. Não foi pra isso que nasci. Quero vida...e terei!
Flavia D'Angelo
INGRATIDÃO
verdade desaba no corte
escrita inútil, eu quebro
resta do resto qual nada
paixão que esconde o verso
Flavia D'Angelo
MEDO
cedo
o receio
sinto
que nego
olho
não vejo
escuta
de cego
clara
que raio
nua
me deixo
cheiro
de tudo
fino
de medo
rasgo
que quebro
prumo
de meio
salto
do nada
perco
o veio
cruz
na espada
penso
desejo
morte
me afaga
cala
em cheio
sorte
afasta
meu devaneio...
Flavia D'Angelo
CALMA
calma, grita ela. calma que este vazio não se preenche com nada. esse vazio transborda na alma cheio de tudo. capricho que corpo castiga, mente pra ela que basta. não basta. contida de pressa atira no abismo vontade de ser, e não é. calma...sente no fundo vazio o agudo fingido de muito. preza razão de ver-te o vão que separa certeza. calma! olha por dentro, não toca o centro com força fugaz. repara o medo de sentir o veio que escolha te traz. calma! respira pedido, olha o frio espelho de frente. verás que te crava, cruel qual navalha,verdade que cala. na finda miragem, encara com calma coragem de paz...
Flavia D'Angelo
FIM
preciso abraço amigo,
fuga do mundoolhar que me visto,
carinho inteiro
de sobras não vivo,
amor dividido
no meio receios
carente menina
não supre mulher
desprezo desejo
fútil artificio
no sono escondo
palavra que falha
vivendo vazio
escondo o medo,
carente implora
aplausos escusos
no meio de tudo
a sobra do nada
vieste pro mundo
procura o tudo
fica o nada...
eis meu mundo
naufrágio deserto
me ponho de resto,
da sobra procuro
meu tudo é nada...
fútil passagem
coragem que falta
assumo o luto
me basta vontade
traída por nada
mereço futuro...
Flavia D'Angelo
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
FÊMEA
Web |
aceitei o convite que a noite trazia. o ritmo das ondas pulsava em nossos corpos. momento branco de luar que no corpo implorava o que a alma pedia. um infantil acalanto do desejo na mulher envaidecida. meu homem que por instante me sabia. me sabia tua, me sabia fêmea. me sabia adicta por seu ar, por seu ser, por seu trato. me respondia. um momento onde nada existia além do que somos. e amamos tão tudo, enquanto a lua assistia...
Flavia D'Angelo
SURTO
da mente com álcool
surdiam fantasmas da boca solta
angústias presas regurgitadas
do peito cansado de guardar
surto de amor sentido ao extremo
salto do muro que separa no vento
o tudo vivido, cúmplices momentos
manifestando em gêmeas almas
ocaso resumido
numa caixa de palavras
Flavia D'Angelo
EU
se não fosse eu...me achego, me fortaleço, me espero. o tempo com seus mistérios que quero. indiferente, coerente, carente. desperto pro vazio que me preenche e dele me saboreio. não esmoler , suplicar...não quero atenção em vão. orgulho besta que me pertence. no fundo, meu palco é só meu, espetáculo vivido por mim que diverge da fraca necessidade humana. nem aplausos nem vaias, apenas seguir. me basto assim?
Flavia D'Angelo
DOR
querendo ao meu lado quem não me precisa
sou assim, entendo a dor
no brinde solitário com a indiferença
sinto a secura do momento
antes revestido de ternura
palavras e gestos descabidos de sentido
selam a fria noite agora vazia
de entendimento
acarreando o seu pesar
a quem não se digna a esse
trato frio que machuca
tristeza vivida no desprezo
de uma entrega sincera
não há mal maior
daquele que não absorve
enquanto pode
o valor de um afago
perdas desadormecem fragilidades
do tempo que nos resta
e necessito gritar a vida
extrair o máximo
de pessoas que me pertencem
pelo maior tempo possível
Não sei quando findo, pode ser amanhã
hoje...quem sabe?
e nessa espera
tutelado será quem guardo aqui dentro
dizimando na medida que posso
o sofrimento que lhe afeta
e quando não me fizer presente
na distância lanço de mim a volição
de que matinadas vividas nessa estreiteza no peito
passarão...
assim deseja quem ama!
Flavia D'Angelo
PROIBIDO
pernas em cruza
que pele desliza
em osso e carne
te mostro verdade
escondo seu mundo
em sangue me toma
de fêmea me doma
consumo teu falo
mergulho de peixe
te sugo na sede
profundo riacho
colo preciso
paz de amigo
no homem me acho
em ti me pertenço...
Flavia D'Angelo
14/02/2012
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
MÁSCARAS INTELECTUAIS
de máscaras infâmias, mulheres que lama costumam comer. hipócritas na cama, provocam a chama do simples servir. de caras voltadas pra face do nada se dão sem pudor. caráter temido, olhar escondido, gemidos de dor. e homem que come, não tem sobrenome, poder ou lisura. se fazem de santas, mas em qualquer cama não passam de putas. intelecto de escarro, não sobra na alma socorro de cura. desfilam imagens, só pecam bobagens, vendidas impuras...lhes faltam coragem, sem preço caráter, barato figura...posando se passam, aceitam migalhas, não medem valor...
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